segunda-feira, 30 de março de 2009

A nova música de protesto

CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULAGGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE CHULLAGE
5º Jantar Tertúlia > 15 de Abril, 20 h.


«Nasceste Nuno Santos, filho de pais caboverdeanos - e de um pai com ligações à música.

O meu pai tocava guitarra, chegou a ter um grupo. E isso tem a ver com uma tradição de Santo Antão, onde as pessoas têm o hábito de tocar nas ruas.

E a tua origem, no plano da ascendência, tem a ver com Santo Antão...

Exactamente. Ele ainda chegou a tocar aqui, mas a necessidade do trabalho para sustentar a família frustrou esse seu lado musical. Mas sempre me falou muito de música. E havia todo esse ambiente. Se estivesse 10 horas em casa, eram dez horas a ouvir música. E, se calhar de forma até inconsciente, ele transmitiu isso para nós. Daí sermos três filhos todos ligados à música. Tenho um irmão na Holanda, que é músico profissional, já com um percurso importante. Partiu do Hip Hop e expandiu-se para outras expressões urbanas. E é muito interessante, porque a banda onde ele agora trabalha é composta por malta emigrante, portugueses que não tinham nenhuma hipótese em Portugal e emigraram para a Holanda.

Aos 15 anos começas a escrever letras. Como é que surgiu o Chullage?

Tem duas épocas. Todos os caboverdeanos têm uma coisa que se chama 'nominha' [alcunha - nr]. Um dia há um gajo que embica com uma cena e espeta-te aquilo - e ficas com uma alcunha para o resto da vida. Todas as Marias são Bias, as Fátimas são Fatús. Mas, para além disso, ocorrem aquelas situações caricatas. E, comigo, foi assim. Estava a cravar dinheiro à minha prima para ir para a escola. E há um gajo que diz 'tu és um chulo' e inventou um caboverdeanismo qualquer, e começaram a chamar-me Chullage. E, no meu bairro, nunca mais me chamaram Nuno. E quando me perguntaram qual ia ser o meu nome artístico eu disse: 'eu sou o Chullage, é assim que me chamam, e é assim que vou ficar'. Portanto, não foi um nome artístico adoptado no momento, já estava lá e ficou.»

[In entrevista ao jornal CONVERSAS DE CAFÉ, 6 Jun.08]

Foto: LUÍS ROCHA

quinta-feira, 26 de março de 2009

O nosso convidado de Agosto

É com enorme honra que anunciamos a presença NO CARVÃO de FERNANDO DACOSTA, nome maior do jornalismo e da literatura portuguesa.


«Fernando Dacosta nasceu a 12 de Dezembro de 1945, em Luanda. Passou a infância e a adolescência no Alto Douro, frequentando o Liceu de Lamego. Fixado em Lisboa (depois de uma breve passagem por Coimbra), estuda Filologia Românica, inicia-se no jornalismo, em 1967, e (depois do 25 de Abril) na literatura. Passou por diversos órgãos de informação, como Europa-Press, Flama, Comércio do Funchal, Vida Mundial, DL, DN, A Luta, JL, o Jornal, o Público . Actualmente pertence aos quadros da Visão. Foi director dos Cadernos de Reportagem e co-editor da Relógio d'Água. Na RTP1 teve uma rubrica sobre livros entre 1991-92.
Foi galardoado com 10 prémios: G.P. de Teatro RTP, da Associação Portuguesa de Críticos, da Casa da Imprensa (por Um jeep em segunda mão, 1978), G.P. de Reportagem (À Descoberta de Portugal, 1982), Jornalista do Ano Nova Gente (1982), G.P. de Reportagem do Clube Português de Imprensa (Os Retornados estão a mudar Portugal, 1984), G.P. de Litertura Círculo de Leitores (O Viúvo, 1986), P. Fernando Pessoa do jornalismo e P. Gazeta do Clube dos Jornalistas (Moçambique, Todo o Sofrimento do Mundo, 1991), P. Gazeta do Clube dos Jornalistas (O Despertar dos Idosos, 1994).
Tem mais de vinte livros publicados em diferentes géneros - reportagem, teatro, romance, narrativa e conto. O seu último, Nascido no Estado Novo, acaba de ser lançado.»
[In A PÁGINA DA EDUCAÇÃO > Ler Entrevista http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=1619]
Jantar Tertúlia, 19 de Agosto, 20h.

Uma noite memorável







O 4º Jantar Tertúlia não podia ter corrido melhor, tendo reforçado a admiração por PEDRO SANTANA LOPES – que levou quatro dezenas de pessoas a participarem numa noite que fica memorável para a história deste Restaurante-Arte.

Santana Lopes desmistificou por completo a imagem a si colada em contextos de manipulação e tentativas de assassinato de carácter. E isso ficou bem patente no vasto grupo de tertulianos que, verdade seja dita, lhe era maioritariamente divergente no plano político.

Santana revelou-se um conhecedor qualificado da realidade que o cerca, manifestou como poucos um profundo conhecimento de Lisboa, dos seus problemas e das suas necessidades e, mais importante que isso, deixou-se “ir” pela onda de afectos que o rodeava.

Ali houve tertúlia! Numa assistência maioritariamente de esquerda, o antigo primeiro-ministro deu-se a conhecer como um homem livre, revelando uma grande humildade e “destapando” o seu ser mais profundo. Foi bonita a noite!


Fotos: JOÃO CLÁUDIO FERNANDES

terça-feira, 24 de março de 2009

O próximo tertuliano

CHULLAGE

15 de Abril, 20 horas

Para além do Hip Hop, afirma-se como um activista social e propõe que a rebeldia incontrolada dos jovens se eleve a uma outra - a rebeldia consciente. É uma grande honra recebê-lo No Carvão.




Foto: LUÍS ROCHA

segunda-feira, 23 de março de 2009

4º Jantar Tertúlia

Lá nos encontramos na quarta-feira, dia 25 de Março, para uma conversa intimista - num jantar entre amigos, a várias vozes. Porque A LIBERDADE É COISA BONITA.

quinta-feira, 19 de março de 2009

25 de Abril - 35 Anos depois


A partir de 6 de Abril, vai estar patente NO CARVÃO
EXPOSIÇÃO
25 DE ABRIL A VÁRIAS VOZES
Um registo documental dos primeiros meses da Revolução. A luta política, a iconografia, a estética da agit-prop - para recordar e não esquecer que A LIBERDADE É COISA BONITA

12 Anos de Vida e Luta pelos Direitos Humanos

Ao comemorar o seu 12º Aniversário, a Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (ACED) propõe

COMÍCIO SEGUIDO DE BEBÍCIO



A comemoração constará de um jantar no Restaurante-Arte
NO CARVÃO (ou talvez não…), dia 4 de Abril às 20.30h.
O repasto tem o preço de 12,50 euros por pessoa, constando de Entradas, Sopa, Bacalhau com Natas ou Espetada Mista, Bebida (vinho, cerveja ou refrigerante), Sobremesa e Café


As inscrições poderão ser feitas até 31 de Março para
91 823 78 87 > pinho.manchete@gmail.com

terça-feira, 17 de março de 2009

O nosso convidado de Julho

Jantar Tertúlia com
MANUEL MONTEIRO
8 de Julho
Mas, antes, tome nota:
25 de Março PEDRO SANTANA LOPES
15 de Abril CHULLAGE
5 de Maio TOY
17 de Junho ISABEL DO CARMO


Já por cá passaram:
OTELO SARAIVA DE CARVALHO
JOSÉ MÁRIO BRANCO
ZÉ PEDRO
SILVESTRE FONSECA

NO CARVÃO A LIBERDADE É COISA BONITA.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Não esquecer!!!

Dia 25 de Março
4º Jantar Tertúlia
com
PEDRO SANTANA LOPES


Pedro Santana Lopes sempre mostrou uma tendência especial para a leitura. Apesar de ser um leitor assíduo dos jornais "Diário de Notícias" e "A Bola", a sua leitura preferida sempre foi o "Diário de Lisboa". E regressava das aulas a pé para poupar o dinheiro do autocarro e assim poder comprar, na Rotunda do Relógio, um exemplar do jornal. Quando o jornal se viu obrigado a fechar as portas, Pedro, então secretário de Estado da Cultura, escreveu uma carta de pesar. As suas palavras realçam a relevância e a sua contribuição para a formação crítica dos cidadãos portugueses: "ajudou a formar várias gerações e sou testemunha de como sempre soube despertar o interesse e a atenção dos mais jovens, sensibilizando-os para o valor da liberdade e para a importância dos bens do espírito". Sensibilizada com este gesto, a redacção do jornal, que sempre criticou as suas atitudes na pasta com "múltiplas pateadas", retribui-lhe com a seguinte afirmação: "a nota da Redacção impõe-se para significar quanto o gesto do secretário de Estado da Cultura o distingue como homem, governante e como leitor do "Diário de Lisboa". Para Santana Lopes, o nosso último aplauso".

quinta-feira, 12 de março de 2009

Tertúlia Literária


Em Abril*
JOSÉ LUÍS FELIX
um economista "implicativo com a situação"
apresenta
SALGALHADAS NA LUSOLÂNDIA
-Um olhar humorístico-subversivo sobre a "nomenclatura democrática"...

*dia a confirmar

quarta-feira, 11 de março de 2009

Os novos rebeldes

«É preciso criar referências que destoem»

Nuno Santos - CHULLAGE para os costumes - é um nome maior do HIP Hop nacional e licenciado em Sociologia. Entre dois mundos, a África remota e esta Europa que aparta etnias sob um discurso hipocritamente "inclusivo", é também uma referência de valores que faz mexer a comunidade. Afirma-se como um activista social e propõe que a rebeldia incontrolada dos jovens se eleve a uma outra rebeldia - a consciente! Em 15 de Abril vamos tê-lo em mais um Jantar Tertúlia.

«O Steve Bico dizia uma coisa muito importante: "a arma mais potente do opressor é a mente do oprimido". Quer dizer, descolonizou-se formalmente, territorialmente, mas não se descolonizou a cabeça das pessoas. Quando acreditas nos esteriótipos que existem em relação a ti, quando acreditas nas limitações que o opressor fez acreditar que tens, obviamente que não consegues acreditar em ti próprio. E todos temos esse patrão branco dentro da cabeça - e digo branco, como posso dizer José Eduardo dos Santos ou José Maria Neves. Mas a nível de nós, a chamada segunda geração - que é um termo um bocado merdoso - há que, como dizia Amílcar Cabral, "reafricanizar os espíritos". Ou seja, libertarmo-nos dessas correntes que estão na mente. Não temos grilhetas nos pés, mas continuamos a tê-las na cabeça. Temos de fazer o principal processo de descolonização, que é descolonizar as mentes. Por exemplo, libertaram Angola mas está lá outro chulo a defender os mesmos interesses. É preciso criar referências que destoem. Referências que partam da rebeldia incontrolada para uma rebeldia consciente. E que, no caso da música, não pode ser um discurso raper supostamente rebelde, mas que não sai dali. E o Hip Hop pode ser uma cultura de referências dentro da comunidade de jovens filhos de imigrantes em Portugal. E, no meu caso, virei-me para a universidade pela consciência que o Rap me trouxe, pela necessidade de cimentar o discurso. Claro que a universidade não é 100 porcento boa - e tenho uma perspectiva muito crítica -, mas tenho vindo a enriquecer o meu discurso de uma perspectiva alternativa, com essa base que me faltava.»

[Chullage, in entrevista ao jornal "Conversas de Café", 9 de Junho 2008]

terça-feira, 10 de março de 2009

Dia da Lampreia e do Leitão



Sábado, 14 de Março
Especialidades do Dia:
ARROZ DE LAMPREIA
- 12 Euros a dose
e ainda:
LEITÃO À BAIRRADA
LEITÃO À BRÁS

Tiro e queda

Aqui há mistério. Já não bastavam as referências às putativas particularidades afrodisíacas do Banoffee, do Creme de Bife e do Carapau do Nelson – somos agora confrontados com o Arroz de Grelos da Isabel.

Que, aliás, não tem associado nenhuma característica erótica. Pelo contrário, depois de degustar o pitéu, devidamente acompanhado de solha frita, deu-me cá uma soneira do caraças. Foi tiro e queda!

O sofá tinha um qualquer apelo chamativo: «António, António, deita-te aqui!» E deitei! E foi pela tarde toda, até o Nelson começar a protestar entre dentes «mas isto, agora, é um hotel ou quê?!»

António Manuel Pinho

sexta-feira, 6 de março de 2009

Afectos e cumplicidades
















Ter SILVESTRE FONSECA em NOITES DA LOURINHÃ foi um raro privilégio. É que, para além do mestre que é da guitarra clássica, o músico é um extraordinário comunicador. Ora, isto só pode acontecer com alguém que, como ele diz, gosta de pessoas.

Os presentes renderam-se a ele, à sua sensibilidade epidérmica, ao seu charme de grande senhor, à natureza mais profunda dessa sua capacidade de ir buscar às cordas a fraternidade congénita que lhe transborda o corpo.

Alguém presente disse: “não trocaria este momento por um dia a mais na minha vida”. Porém, pelo contrário, aquele momento deu mais vida às nossas vidas, num emaranhado agitado e terno de afectos e cumplicidades que tomaram, quebrando as defesas, o ser interior dos tertulianos – ou seja, o melhor que há dentro de cada um de nós.

E é este Silvestre Fonseca, ignorado pelo país que ama, que na próxima semana vai receber em Londres um importante prémio internacional pela sua obra.

A ele quis associar-se um outro nome, JOÃO SARDINHA – também presente, e que o acompanhou à
viola -, um resistente, que ajuda a manter o que resta da boa música dos anos 60 – OS CHARRUAS, um grupo que tem origem em estudantes da Escola Agrícola de Santarém, onde pontificava um grande nome da música de Cabo Verde: Dany Silva.

A noite vai ficar nesta nossa memória, nesse canto recôndito dos prazeres que nos acompanham pela vida fora.

Obrigado Silvestre!

P.S.: Nunca é demais dizê-lo. Os nossos encarecidos agradecimentos aos vizinhos da ASSEMBLEIA DE DEUS que, generosa e desinteressadamente, nos têm vindo a ceder a sua aparelhagem de som para as tertúlias. Bem hajam!

terça-feira, 3 de março de 2009

"Prato de Culturas"




Interessante espreitar:


Não esquecer!!!

5 de Março, quinta-feira
Tertúlia Musical com
SILVESTRE FONSECA
A primeira iniciativa NOITES DA LOURINHÃ conta como convidado especial com um dos maiores nomes da guitarra clássica - ele próprio ligado à Lourinhã através do ensino musical. É uma honra ter Silvestre Fonseca em mais uma tertúlia
NO CARVÃO.

Lotação esgotada!!!


As inscrições para o 4º Jantar Tertúlia, em 25 de Março, com PEDRO SANTANA LOPES, estão encerradas.


Mas os pedidos de participação não param. Infelizmente a lotação do seu restaurante-arte é limitada. A crescente adesão às tertúlias NO CARVÃO confirma que
A LIBERDADE É COISA BONITA.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Patente desde hoje




FRAGMENTOS DE MEMÓRIA
Exposição de Pintura
FERNANDA FALÉ
até 4 de Abril

domingo, 1 de março de 2009

"Churchill Lopes"


Um dia, Churchill, levou um seu sobrinho à Câmara dos Comuns. Ao mostrar-lhe a bancada Trabalhista, o sobrinho perguntou:
- Tio, é aqui que se sentam os seus inimigos?
Ao que Churchill respondeu:
- Não, aqui sentam-se os meus adversários. Os inimigos sentam-se atrás de mim.

«Ter Pedro Santana Lopes No Carvão, salvo seja, é, desde já, uma honra.»
Nelson Furtado
(também conhecido por “Porco fascista do PPD”)

«Gosto de Santana Lopes e não sou seu amigo. Admiro Santana Lopes e nunca lhe dei o meu voto. E, decididamente, embirro com a pose cínica e ‘politicamente correcta’ dos seus detractores.»
António Manuel Pinho
(também conhecido por “Badalhoco de extrema-esquerda”)
4º Jantar tertúlia com
PEDRO SANTANA LOPES
25 de Março, 20 horas