Ter SILVESTRE FONSECA em NOITES DA LOURINHÃ foi um raro privilégio. É que, para além do mestre que é da guitarra clássica, o músico é um extraordinário comunicador. Ora, isto só pode acontecer com alguém que, como ele diz, gosta de pessoas.
Os presentes renderam-se a ele, à sua sensibilidade epidérmica, ao seu charme de grande senhor, à natureza mais profunda dessa sua capacidade de ir buscar às cordas a fraternidade congénita que lhe transborda o corpo.
Alguém presente disse: “não trocaria este momento por um dia a mais na minha vida”. Porém, pelo contrário, aquele momento deu mais vida às nossas vidas, num emaranhado agitado e terno de afectos e cumplicidades que tomaram, quebrando as defesas, o ser interior dos tertulianos – ou seja, o melhor que há dentro de cada um de nós.
E é este Silvestre Fonseca, ignorado pelo país que ama, que na próxima semana vai receber em Londres um importante prémio internacional pela sua obra.
A ele quis associar-se um outro nome, JOÃO SARDINHA – também presente, e que o acompanhou à
viola -, um resistente, que ajuda a manter o que resta da boa música dos anos 60 – OS CHARRUAS, um grupo que tem origem em estudantes da Escola Agrícola de Santarém, onde pontificava um grande nome da música de Cabo Verde: Dany Silva.
A noite vai ficar nesta nossa memória, nesse canto recôndito dos prazeres que nos acompanham pela vida fora.
Obrigado Silvestre!
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P.S.: Nunca é demais dizê-lo. Os nossos encarecidos agradecimentos aos vizinhos da ASSEMBLEIA DE DEUS que, generosa e desinteressadamente, nos têm vindo a ceder a sua aparelhagem de som para as tertúlias. Bem hajam!
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