«É pá, agora até parece que és de direita. Depois do Santana, agora é o Monteiro?!» - assim vociferava o meu amigo Serafim.
Este telefonema intempestivo, carregado de impropérios sobre a minha "coerência", fez-me lembrar um outro episódio da minha vida em que, já lá vão uns anos, discursei no final de uma manifestação de gays, lésbicas e transexuais.
Recordo que uma familiar, então, também me telefonou surpresa perante a minha "homossexualidade" - da qual "nunca se tinha apercebido"...
Na altura, como agora, desfaçamos os equívocos: 1. Não sou gay; 2. Não sou de direita.
E, da mesma forma que dei a cara numa manifestação LGBT - por acreditar ser esse um combate da Cidadania e dos Direitos Humanos, convidei agora Manuel Monteiro [já antes o havia feito em relação a Santana Lopes] para uma Tertúlia No Carvão.
O critério seguido para as tertúlias [que também já cá trouxe Otelo Saraiva de Carvalho, José Mário Branco, Zé Pedro e, em 17 de Junho, trará Isabel do Carmo - só para referir estes quatro "direitistas empedrenidos"], reside não propriamente nas ideias mas sim na simpatia que nos merecem estas pessoas. Pelo seu carácter, pela sua postura "politicamente incorrecta".
Raramente concordo com Manuel Monteiro, mas reconheço nele a rebeldia, a coragem e a determinação, o desapego às prebendas do poder e às "vantagens" do pensamento único do centrão "democrático". E, por tal, é uma honra sentar-me a seu lado no Jantar Tertúlia de 8 de Julho.
Obrigado Manuel Monteiro, por não ter preconceitos [ao contrário do meu amigo Serafim] em aceitar o convite deste perigoso esquerdista!
[O "renegado"] António Manuel Pinho
domingo, 7 de junho de 2009
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